A espera era grande e cheia de expectativas. Um edifício icônico – na arquitetura da cidade e na memória dos belo-horizontinos – iria, enfim, reabrir suas portas em outubro de 2013 após uma restauração complexa. Construído nos anos 1930, o Cine Theatro Brasil havia funcionado até 1999, quando exibiu sua última sessão de cinema. Desde então, quem passava pela Praça Sete, no coração da capital, encontrava apenas tapumes que avançavam sobre as calçadas, modificando a rotina de pedestres e exigindo outros percursos de cidade.

Quarenta dias antes da cerimônia de inauguração, a Árvore foi chamada para um desafio: dar visibilidade a duas obras-primas, de naturezas e histórias diferentes, potencializando os resultados de imprensa. Porque, junto da reabertura de algo tão esperado e simbólico como Cine Theatro Brasil, teria início a exposição dos painéis Guerra e Paz, do pintor Cândido Portinari, no palco do próprio teatro. Uma obra monumental – dois murais, cada um com 14m de altura e 10m de largura, pesando mais de uma tonelada – que seria vista pela primeira vez na cidade, com acesso livre à toda população. 

Como garantir a maior visibilidade possível, sem que uma pauta ofuscasse a outra? 

Em 10 dias, desenhamos e colocamos em prática uma estratégia que uniu uma profunda pesquisa histórica e a criação de um fato midiático. 

A um mês da reabertura do Cine Theatro, reunimos jornalistas para um café da manhã e uma visita guiada às instalações, ainda em fase de finalização das obras. O release antecipava no título o que ocorreria minutos depois: “Belo Horizonte recebe de volta o Cine Theatro Brasil”

“A pequena multidão (…)  se reuniu nesta terça-feira pela manhã na Praça Sete, no coração de Belo Horizonte, para testemunhar um momento histórico para a vida cultural da cidade: a retirada dos tapumes do canteiro de obras do novo Cine Theatro Brasil”.

[EM Cultura, 11/09/2013]

A inauguração na rua criou não apenas um evento, mas trouxe também experiência ao texto do release. E lado a lado ao prédio tombado,  estavam os trabalhadores que o reconstruíram – eles também aplaudidos e reconhecidos, vislumbrando um pouco da dimensão daquele trabalho, a espessura do tempo, a energia e o afeto dedicados.

Essa prévia, com a cidade como convidado principal, foi capa de diversos jornais, de cadernos de cultura, manchetes em portais [matérias mais acessadas], em rádios, cobertura de TV local e nacional. Quinze dias depois foi o momento de trabalhar com tranquilidade a exposição da obra de Portinari, com seu devido espaço e repercussão – outro enorme sucesso. 

O resultado de imprensa foi além das expectativas e o projeto virou um case de relacionamento entre cliente e Árvore. Esse início, que reativou o vínculo do Cine Theatro Brasil com a cidade, pavimentou também os caminhos da comunicação; a Árvore trouxe um tom para o novo centro cultural. E, desde então, a segue respondendo por toda a comunicação do Cine Theatro Brasil.

CRÉDITOS

Equipe Árvore:

Lorena Campolina
Ariane Lemos
Rafael Araújo


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